segunda-feira, 23 de março de 2009

Não à Violência contra a Mulher!!!!!!!!!











Equipe:
Aline Guimarães
Carolina Pereira
Érica Bergman
Marizangela Lima
Naira Vivas


ENTREVISTA


1º Quais são os tipos mais freqüentes de violência sofridas pelas mulheres?
R=Diante de nossa realidade social, as mulheres sofrem mais com ameaças, já que esta seria uma prática masculina de tentar com que a mulher desista de deixá-lo ou para amedrontá-la psicologicamente.

2º Após a denúncia, qual o tipo de tratamento que as mulheres têm para que elas não voltem atrás? E quais as reações dos acusados?
R=Bem, algumas delegacias dispõem de parcerias com outras entidades, como casas de passagens, entre outros órgãos, inclusive é de extrema importância, que a delegacia acompanhe o resultado do fato denunciado.

3º Quais os fatores que levam essas mulheres denunciar o agressor, e depois voltarem atrás?
R=Com a lei Maria da Penha 11.340/06, o que mudou, anteriormente as mulheres denunciavam e como punição era estabelecida ao agressor o pagamento de cestas básicas, no entanto, com a Lei as mulheres ao se dirigirem a delegacia, prestam queixa e mesmo que queiram retirar, não mais é possível, já que constatado o fato o agressor deverá ser punido, bem como se couber caso de flagrante delito ( agressão ter sido realizada a menos de 48 horas) será detido tal meliante.

4º Um dos fatores que contribui para a violência doméstica é o fato de a mulher ter ingressado no mercado de trabalho?
R= Vários são os fatores, principalmente por conta da cultura machista, muitos dizem homens dizem ter perdido campo profissional depois da entrada na mulher no trabalho, porém podemos perceber que é antiquado e preconceituoso, foram as mulheres finda a segunda guerra mundial (salvo engano) que as mulheres foram utilizadas nas fábricas e em muitos outros serviços, enquanto os homens estavam na guerra, ou seja, as mulheres não só trabalham lado a lado com os homens desde outra época, como desempenham equilibradamente os serviços familiares com o homem.

5º Pelo fato de ser mulher e trabalhar numa delegacia especializada no combate à violência contra a mulher, como você se sente ao saber dos casos?
R= Fora de grande valia, pois ao atender as supostas vítimas de violência, fazíamos uma triagem, juntamente com a assistente social e a psicóloga, devido a fatos que necessitavam mais de acompanhamento psicológico, até mesmo de auto-estima, pois as mulheres também procuram na justiça sanar suas dificuldades, como por exemplo apoio com relação a filhos, situações que envolvessem pedido de pensão alimentícia, então encaminhávamos a defensoria pública, nestes casos.

6º Quais os órgãos associados que dão apoio a Delegacia da Mulher?
R= Como fora dito, geralmente da Defensoria Pública do Estado, da Prefeitura, do Conselho da Mulher se houver algum , da Secretaria de Saúde e de todos os órgãos dispostos a abraças a causa.

7º Depois de sancionada a Lei Maria da Penha em 7 de agosto de 2006, você acha que o número de denuncias aumentaram?
R= Com certeza, fazíamos um trabalho de informação constante com a comunidade, visitando escolas, redes de saúde, distribuindo cartazes, entre outras ações, e o número de queixas aumentava mês a mês, gostaríamos que essa não fosse nossa realidade, entretanto, na cidade eram realizadas em média de oitenta queixas por mês, que se dividiam em números de processos, de audiências realizadas e encaminhamentos para tratamento psicológicos, entre outros como prisões obviamente.

8º As mulheres estão se sentindo mais seguras ao denunciar por saberem que estão mais protegidas pela lei?
R= Acreditamos que é o único meio de suporte, a saída se dá quanto os familiares, amigos, e até mesmo denunciar casos próximos, a vítima logo em seguida terá uma nova chance de vida para ela e para os filhos se for o caso. Como mesmo diz uma das frases utilizadas na campanha contra a violência “ O PAI QUE BATE NA MULHER MACHUCA A FAMÍLIA TODA”.

9º Como mulher que vivência o dia-a-dia das mulheres que são vitimas da violência qual a mensagem que você deixa para todas elas?
R= È bastante delicado o trabalho, o grupo precisar estar engajado nesta luta contra a violência, temos também homens trabalhando conosco (policiais) e é de prioridade que sejam selecionados, já que convivemos com um trabalho delicado e de grande importância, todos nos precisamos de um suporte, acredito eu, bem como com todos que convivi que Deus e alegria não podem faltar num ambiente de trabalho. A mensagem seria que nós mulheres pudéssemos mais nos apoiar mais, ou seja, nos unirmos contra uma causa maior que seria a nossa paz interior.

* Por motivo maior este trabalho realizado terá de preservar a identidade da policial militar “ Amanda” (nome fictício) que atua na Delegacia da mulher como atendente desde julho de 2007, fora selecionada entre as demais policiais na cidade de Paulo Afonso-BA, com o número de habitantes entre cem mil a média.

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A violência contra as mulheres é uma manifestação de força brutal desde séculos passados entre homens e mulheres, onde o homem tendo o total apoio da sociedade que até hoje é sutilmente machista, impedia que as mulheres avançassem no seu intelectual, fazendo- as se sentirem reprimidas e incapazes. Tudo isso é o resultado de como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, refletindo na sua forma de educar os dois de maneira diferente, pois os meninos são incentivados a valorizar a agressividade e a dominação, as meninas são valorizadas pelo sentimentalismo e passividade. Nos dias atuais, infelizmente , vemos que ainda é constante as mulheres serem violentadas pelos seus companheiros. Muitas delas sofrem caladas ou por vergonha de estar vivendo aquela situação ou por ser dependente de alguma forma do seu companheiro ( agressor); seja emocionalmente ou financeiramente ou até mesmo por medo de denunciar e ele tentar algo pior com ela ou até mesmo com o filho( caso tenha). A maioria dessas mulheres que sofrem esse tipo de agressão, muitas vezes nem sabem a quem recorrer, geralmente pedem ajuda a outra mulher da família com mãe, irmã, mas não denunciam ou por medo ou por desconhecimento de qual órgão recorrer. Hoje, temos o apoio de delegacias especializadas para esse tipo de crime, mas o que deve ser feito são os Órgãos responsáveis fazerem um trabalho de divulgação e o Governo fazer uma política de apoio mais ativa , passando o conhecimento para as vítimas e segurança a essas mulheres que sofrem com essa situação de que elas estarão protegidas e que lhe será oferecida atendimento médico, assistência psico- social e orientação jurídica especializada e gratuita.

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